O que é e como funciona o capital de giro para empresas

por SumUp

Publicado • 01/02/2024 | Atualizado • 01/02/2024

Finanças

O que é e como funciona o capital de giro para empresas

por SumUp

Publicado • 01/02/2024 | Atualizado • 01/02/2024

Você sabe o que é capital de giro e como ele pode afetar a saúde financeira do seu negócio? Se você tem um pequeno empreendimento, esse é um conceito que você precisa conhecer e dominar para garantir a sustentabilidade e o crescimento da sua empresa.

Neste artigo, vamos explicar tudo sobre o assunto, como fazer o seu cálculo, quais são os tipos e a importância dele para o seu negócio. Além disso, vamos dar algumas dicas de como melhorá-lo e evitar problemas como falta de caixa, inadimplência e endividamento.

Ficou interessado? Então continue a leitura e aprenda tudo sobre ele!

O que é o capital de giro?

Capital de giro é a quantidade de dinheiro que uma empresa precisa para manter as suas operações diárias, como pagar fornecedores, funcionários, impostos, aluguel, água, luz etc.

Ou seja, capital de giro é o valor que garante que a empresa possa funcionar normalmente, sem depender de empréstimos ou financiamentos.

Também é chamado de capital operacional, pois está relacionado ao ciclo operacional da empresa, que é o tempo que leva desde a compra da matéria-prima até o recebimento das vendas. Quanto mais longo for esse ciclo, maior será a necessidade de capital.

Qual é a importância do capital de giro?

Ele é essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento de qualquer empresa, mas especialmente para os pequenos comerciantes, que muitas vezes têm uma margem de lucro menor e um fluxo de caixa mais apertado.

Ter um capital operacional adequado significa ter mais segurança financeira, pois permite que a empresa possa honrar os seus compromissos em dia, sem correr o risco de ficar sem dinheiro em caixa ou ter que recorrer a juros altos.

Além disso, ele também possibilita que a empresa possa aproveitar oportunidades de negócio, como comprar produtos com desconto à vista, investir em novos equipamentos ou ampliar o seu estoque.

O que acontece se não tiver capital de giro?

Se a empresa não tiver um capital suficiente para cobrir as suas despesas operacionais, ela pode enfrentar sérias dificuldades financeiras, como:

  • Falta de caixa para pagar fornecedores, funcionários e impostos;

  • Atraso nas entregas dos produtos ou serviços aos clientes;

  • Perda de credibilidade e reputação no mercado;

  • Inadimplência e endividamento com juros elevados;

  • Dificuldade para obter crédito ou financiamento;

  • Redução da qualidade e da produtividade;

  • Falência ou fechamento do negócio.

Quais são os tipos de capital de giro?

Existem diferentes formas de classificar o capital de giro, dependendo da forma como ele é calculado ou utilizado. Veja alguns dos principais tipos a seguir.

Capital de giro líquido

O capital de giro líquido (CGL) é a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes da empresa. Os ativos circulantes são os bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em até um ano, como caixa, contas a receber, estoques e outros. 

Os passivos circulantes são as obrigações que devem ser pagas em até um ano, como fornecedores, salários, impostos e mais.

O CGL representa o valor disponível para financiar as atividades operacionais da empresa. Quanto maior for o CGL, maior será a capacidade da empresa de honrar os seus compromissos e investir no seu crescimento. 

Quanto menor for o CGL, menor será a margem de segurança financeira da empresa.

Capital de giro negativo

Ocorre quando os passivos circulantes superam os ativos circulantes da empresa. Isso pode indicar que a empresa está enfrentando dificuldades financeiras ou que está utilizando seus recursos de forma ineficiente.

Ele pode comprometer a solvência e a rentabilidade da empresa, pois ela pode ter que recorrer a fontes externas de financiamento para cobrir seu déficit operacional. Além disso, ela pode perder oportunidades de crescimento por falta de recursos próprios.

Capital de giro próprio

É o valor que a empresa possui em caixa ou em aplicações financeiras de curto prazo. Ele é formado pelo patrimônio líquido da empresa (capital social + reservas + lucros acumulados) e pelos lucros gerados pela atividade operacional. 

Ele representa a parcela dos recursos financeiros da empresa que não depende de terceiros. Ele é uma fonte interna e permanente de financiamento do capital de giro.

Capital de giro associado a investimentos

Consiste no valor que a empresa precisa ter em caixa para realizar seus projetos de expansão ou modernização. Ele é calculado pela diferença entre o investimento total e o financiamento obtido para realizá-lo. 

Ele representa a parcela dos recursos financeiros da empresa que está vinculada aos seus planos estratégicos. Ele é uma fonte temporária e variável de financiamento do capital de giro.

Qual a diferença entre capital social e capital de giro?

Muitas pessoas confundem capital social com capital de giro, mas são conceitos diferentes.

O capital social é o valor que os sócios investem na empresa quando ela é criada, ou seja, é o patrimônio inicial da empresa.

Já o capital de giro é o valor que a empresa precisa ter em caixa para manter as suas atividades operacionais.

O que são ativos circulantes?

Os ativos circulantes são os bens e direitos que a empresa possui e que podem ser convertidos em dinheiro em até um ano. Eles incluem:

  • Caixa e equivalentes de caixa: dinheiro em espécie, contas bancárias, aplicações financeiras de curto prazo etc;

  • Contas a receber: valores que a empresa tem a receber dos seus clientes, seja à vista ou a prazo;

  • Estoques: mercadorias ou matérias-primas que a empresa tem em seu poder para venda ou produção;

  • Despesas antecipadas: pagamentos feitos pela empresa antes do recebimento do bem ou serviço correspondente, como seguros, aluguéis etc.

O que são passivos circulantes?

Os passivos circulantes são as obrigações que a empresa tem que pagar em até um ano. Eles incluem:

  • Fornecedores: valores que a empresa deve aos seus fornecedores de mercadorias ou serviços, seja à vista ou a prazo;

  • Salários e encargos: valores que a empresa deve aos seus funcionários e ao governo referentes à folha de pagamento;

  • Impostos: valores que a empresa deve ao governo referentes aos tributos sobre as suas operações;

  • Empréstimos e financiamentos: valores que a empresa deve aos bancos ou outras instituições financeiras referentes aos juros e amortizações das dívidas contraídas;

  • Contas a pagar: valores que a empresa deve por outras despesas operacionais, como água, luz, telefone etc.

Como calcular o capital de giro?

Para calcular o capital operacional de uma empresa, basta subtrair os passivos circulantes dos ativos circulantes. A fórmula é:

Capital de giro = Ativos circulantes - Passivos circulantes

Por exemplo, se uma empresa tem R$ 100 mil em ativos circulantes e R$ 80 mil em passivos circulantes, o seu capital de giro é:

  • Capital de giro = R$100 mil - R$80 mil;

  • Capital de giro = R$20 mil.

Isso significa que a empresa tem R$20 mil disponíveis para financiar as suas operações no curto prazo.

Qual o valor ideal para capital de giro?

A quantia ideal varia, mas uma diretriz comum é manter reservas suficientes para cobrir pelo menos três meses de despesas operacionais. Essa quantia proporciona uma almofada financeira para enfrentar desafios e períodos de baixas temporárias. 

Além disso, é importante considerar as características do setor, planos de investimento futuro e ciclos de pagamento e recebimento ao determinar a quantidade necessária.

Uma gestão proativa e análise cuidadosa das finanças são essenciais para garantir a eficácia do capital operacional.

Como manter o capital de giro saudável? 7 dicas!

Para manter o capital operacional saudável, é preciso ter um bom planejamento financeiro e um controle rigoroso das entradas e saídas de dinheiro do seu negócio. Veja algumas dicas de como fazer isso a seguir.

1. Mantenha um controle financeiro detalhado

O primeiro passo para gerenciar o capital é ter um controle financeiro detalhado do seu negócio. Isso significa registrar todas as movimentações de caixa, como vendas, compras, pagamentos, recebimentos etc. 

Assim, você pode acompanhar o fluxo de caixa da sua empresa e saber exatamente quanto dinheiro você tem disponível e quanto você precisa ter para cobrir suas despesas.

2. Tenha cuidado com a inadimplência

A inadimplência dos seus clientes pode comprometer seriamente o seu capital, pois reduz o seu faturamento e aumenta os seus custos com cobranças e juros. 

Por isso, é importante ter cuidado com a concessão de crédito e oferecer formas de pagamento adequadas ao perfil dos seus clientes. 

Além disso, é preciso ter uma política clara de cobrança e acompanhar os recebíveis com frequência.

3. Negocie melhores condições com fornecedores e clientes

Negocie melhores condições com fornecedores e clientes. Com os fornecedores, você pode tentar obter prazos mais longos para pagar as compras ou descontos para pagamentos à vista ou antecipados. 

Com os clientes, você pode oferecer prazos mais curtos para receber as vendas ou incentivar o pagamento à vista ou antecipado com descontos ou benefícios. Dessa forma, você pode aumentar o prazo médio de pagamento (PMP) e reduzir o prazo médio de recebimento (PMR), diminuindo a necessidade de capital de giro.

4. Descubra gastos que podem ser cortados ou diminuídos

Revise periodicamente os custos fixos e variáveis do seu negócio e identifique aqueles que podem ser cortados ou diminuídos. 

Por exemplo: você pode renegociar o aluguel do imóvel, reduzir o consumo de energia elétrica ou água, trocar planos de telefonia ou internet por outros mais baratos ou cancelar serviços que não são essenciais. Assim, pode diminuir as saídas de dinheiro e aumentar a margem de lucro do seu negócio.

5. Monitore resultados e relatórios periodicamente

Acompanhe de perto os indicadores financeiros do seu negócio. Isso inclui o fluxo de caixa, o lucro, o faturamento, o TPV, o prazo médio de recebimento e pagamento, o índice de liquidez, entre outros. 

Esses dados podem ser obtidos por meio de relatórios gerenciais, que devem ser elaborados com frequência e precisão.

Assim, você pode identificar problemas, oportunidades e tendências, e tomar decisões mais assertivas para melhorar o seu capital operacional.

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6. Aumente os valores de venda de produtos ou serviços

Procure aumentar a sua receita. Isso pode ser feito por meio de estratégias de marketing, promoções, fidelização de clientes, diversificação de produtos ou serviços, entre outras. 

No entanto, é preciso ter cuidado para não elevar os preços acima do que o mercado está disposto a pagar, pois isso pode afastar os consumidores e reduzir as vendas. 

Por isso, é importante fazer uma pesquisa de mercado e analisar a concorrência antes de definir os valores de venda.

7. Procure investidores ou opte por linhas de crédito

Uma última alternativa para aumentar o capital operacional é buscar fontes externas de financiamento. 

Isso pode ser feito por meio de investidores, que podem aportar recursos em troca de uma participação no seu negócio, ou por meio de linhas de crédito, que podem oferecer condições especiais. 

No entanto, é preciso avaliar bem os custos e os riscos envolvidos nessas opções, pois elas podem comprometer a sua rentabilidade e a sua autonomia. Por isso, é recomendável recorrer a elas apenas em casos de necessidade ou oportunidade.

Vale a pena fazer empréstimo para capital de giro?

Fazer um empréstimo pode ser uma solução rápida e prática para resolver problemas de caixa ou aproveitar oportunidades de negócio. 

No entanto, é preciso ter cuidado para não se endividar além da sua capacidade de pagamento, pois isso pode prejudicar a sua saúde financeira e a sua reputação no mercado. 

Por isso, antes de contratar um empréstimo, é importante analisar a sua situação financeira, comparar as taxas de juros e as condições de pagamento, e escolher a melhor opção para o seu caso, que pode ser a SumUp.

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Como conseguir um capital de giro?

Existem diversas formas de conseguir um capital operacional para o seu negócio. Algumas delas são:

  • Vender ativos que não são essenciais para a sua atividade, como máquinas, equipamentos, imóveis etc;

  • Antecipar recebíveis, ou seja, receber antecipadamente os valores de vendas a prazo, por meio de operadoras de cartão, bancos ou fintechs;

  • Fazer uma reserva financeira, ou seja, guardar uma parte do seu lucro para usar em situações de emergência ou oportunidade;

  • Buscar investidores ou optar por linhas de crédito, como já mencionado anteriormente.

Como gerenciar o capital de giro?

Gerenciar o capital operacional significa equilibrar as entradas e saídas de dinheiro da empresa, buscando otimizar o uso dos recursos disponíveis. Para isso, é preciso ter um bom controle financeiro e planejamento. Veja algumas dicas de como fazer isso abaixo.

Identifique e corte gastos desnecessários

Uma forma de aumentar o seu capital operacional é reduzir as suas despesas fixas e variáveis. Analise os seus custos e identifique quais são essenciais para o funcionamento do seu negócio e quais podem ser eliminados ou reduzidos. 

Por exemplo: você pode negociar um desconto no aluguel, trocar planos de telefonia e internet, economizar energia elétrica e água etc.

Tenha disciplina

Outra forma de melhorar o seu capital operacional é ter disciplina na gestão do seu fluxo de caixa

Registre todas as suas movimentações financeiras e acompanhe diariamente as suas receitas e despesas. Assim, você pode prever possíveis faltas ou sobras de dinheiro e tomar decisões mais assertivas.

Negocie com fornecedores e clientes

Uma boa negociação com fornecedores e clientes pode ajudar a aumentar o seu capital. Com os fornecedores, você pode tentar obter prazos maiores para pagar as suas compras ou descontos à vista. Com os clientes, você pode oferecer incentivos para antecipar os pagamentos ou cobrar juros por atrasos.

Antecipe pagamentos a receber

Se você tem muitas vendas a prazo ou parceladas, uma alternativa é antecipar os recebimentos. Pode fazer isso por meio de operações como desconto de duplicatas ou antecipação de cartão de crédito. 

Porém, fique atento às taxas cobradas pelos bancos ou instituições financeiras que realizam esses serviços.

Receita recorrente: qual o impacto no capital de giro?

A receita recorrente é aquela que se repete periodicamente, como mensalidades, assinaturas ou contratos de longo prazo. Ela traz uma maior previsibilidade e estabilidade para o fluxo de caixa da empresa, o que pode reduzir a necessidade de capital de giro.

Ela também pode aumentar o valor do ativo circulante da empresa, pois gera contas a receber futuras. No entanto, é preciso ter cuidado com a inadimplência dos clientes, que pode comprometer a entrada efetiva de dinheiro.

Conclusão

Gerenciar o capital de giro é uma arte que todo pequeno comerciante deve dominar. Compreender o que é, como calcular e implementar estratégias eficazes é a chave para um negócio financeiramente saudável. 

Lembre-se, cuidado e disciplina são seus aliados nesse desafio e o conhecimento é a sua melhor ferramenta. Ao aplicar as dicas apresentadas, você está no caminho certo para otimizar seu capital e garantir o crescimento contínuo do seu empreendimento.

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FAQ: Perguntas frequentes sobre capital de giro

Ainda tem dúvidas sobre o tema? Veja algumas perguntas frequentes sobre o assunto e as suas respectivas respostas a seguir.

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